#1 Codé di Dona Qua Jun 15, 2011 3:37 pm
Djugutador
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Codé di Dona ou simplesmente “Codé” é o nome artístico de
Gregório Vaz (Chaminé, São Domingos, 10 de julho de 1940 — Praia, 5 de janeiro de 2010)
Foi um músico e compositor cabo-verdiano ao qual para muitos é tido como “ o pai do Funaná”
isso devido ao seu contributo para o desenvolvimento e divulgação do género musical nas suas varias variantes,
mas também pela sua persistência na sobrevivência do mesmo.
Lembre se que o Funaná era discriminado e proibido, considerado selvagem e muitas vezes discrito como musica do diabo pelas elites e não só…
"Codé" fez parte da resistência e tal como os restantes sofreu penalizações (multas, tribunal, castigos sociais)
felizmente com a independência o género saiu do campo conquistou as cidades , ilhas e tornou se internacional.
Ao contrário que se diz o nome Codé di Dona não se dá pelo facto de sua mãe chamar-se Dona
e ser na altura o último filho, mas sim por ter sido criado pela sua avó e ser o mais novo de todos os netos.
Ora em algumas zonas de cabo verde trata se a avó pelo nome de “Dona “
“Codé” normalmente nome atribuído mais novo da casa ou dos pais é mais uma forma de identificar o mais novo.
Reformado como guarda-florestal mas sempre ligado à agricultura e ao pastoreio
compôs temas clássicos do repertório nacional cabo-verdiano,
como "Febri Funaná", "Fomi 47", "Praia Maria", "Yota Barela", "Rufan Baréla" e "Pomba",
entre dezenas de outros , destacou se pela singularidade das suas melodias e a poesia das suas letras.
Uma das suas composições mais marcante para os cabo-verdianos é "Fomi 47",
refere-se a uma das realidades históricas mais marcantes de Cabo Verde:
a estiagem de 1947, a fome e a emigração para São Tomé e Príncipe.
A imagem da partida do navio "Ana Mafalda" faz parte do imaginário colectivo dos cabo-verdianos,
sendo essa música entoada, como um hino, pelos seus vários intérpretes.
Um dos maiores vultos da história da música popular cabo-verdiana
Codé di Dona era também exímio tocador do acordeão (ou gaita).
Apesar de ter apreendido a tocar a gaita nos anos 50 do século passado,
só em 1996 teve a oportunidade de gravar o seu primeiro disco.
Actuou nos principais palcos de Cabo Verde, mas também andou pela Europa, nomeadamente em Portugal, França e Suíça.
Discos de ouro Prata.
Influenciou vários artistas e sua música faz parte da discografia dos:
Opus 7, Bulimundo , Finaçon, Simentera, Zeca di Nha Reinalda, Tito Paris entre outros.
Na qualidade de instrumentista Gravou 3 álbuns:
Cap-vert (1996)
Codé di Dona (1998)
Djan Bai (2001)
Homenageado pelo governo e outros artistas antes do seu desaparecimento
O artista falece a 5 de janeiro de 2010 na Cidade da Praia, vítima de doença prolongada.
Como reacção à sua morte,
o ministro da Cultura de Cabo Verde "Codé di Dona é um trovador que marcou a cultura cabo-verdiana".
o presidente da República de Cabo Verde "Este artista conseguiu interpretar o sentir mais profundo da alma cabo-verdiana,
através das suas composições com destaque para o género funaná, de que foi um dos seus maiores expoentes
“Julgo que Kodé di Dona foi a nossa fonte para a estilização do Funaná.
Não porque participou activamente nos arranjos e nas concepções rítmicas, mas por ter com ele aprendido a tradição”.
Foi com este depoimento que Zé Mário, vocalista do extinto conjunto Bulimundo
R:I:P
...espero ter ajudado...
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