#1 Bono é criticado por endossar música africana de ódio racial Ter maio 31, 2011 6:53 am
Carlinha
Administrador
13 de fevereiro de 2011
Bono Vox foi criticado por seus comentários sobre canção sul-africana
O vocalista da banda U2, Bono Vox, foi criticado neste domingo (13), porque teria apoiado uma música que incentiva a morte de fazendeiros brancos na África do Sul.
Bono comparou a música às canções que apoiavam o IRA (Exército Republicano Irlandês), dizendo que elas tiveram sua importância.
Kill de Boer, Kill the Farmer ("mate os bôeres, mate os fazendeiros") é uma música antiga, cantada nos tempos da luta contra o apartheid, que pode ser proibida no país pois autoridades consideraram que ela pode incitar o ódio racial.
'Bôer' significa fazendeiro no idioma africâner, usado por descendentes de holandeses na África do Sul, mas a palavra muitas vezes é usada como sinônimo de branco entre a comunidade negra do país.
Após a declaração de Bono, muitos sul-africanos disseram que, em protesto, rasgaram seus ingressos para os shows que o U2 vai fazer no país.
"Esse é um discurso de ódio. Eles não conhecem a nossa história", disse um sul-africano, que participou de um programa na rádio local.
Em uma entrevista para o jornal sul-africano Sunday Times, Bono comparou a música a outras ligadas ao IRA.
"Quando eu era criança, eu cantava músicas que ouvia meus tios cantarem. Canções rebeldes sobre o início do IRA".
"Cantávamos essas músicas e pode-se dizer que eram canções folclóricas", afirmou, acrescentando que esse tipo de música não deve ser cantado no contexto errado.
"É uma questão de onde e quanto essas músicas são cantadas."
Segundo o analista de questões africanas da BBC Martin Plaut, Bono aparentemente não tinha noção da polêmica que envolve essa canção no país.
A Suprema Corte sul-africana está atualmente considerando se a música deve ser proibida, por violar o direito dos brancos.
Há pouco menos de um ano, após o assassinato do líder do movimento segregacionista branco Eugene Terreblanche, muitos acusaram o jovem líder político Julius Malema, do governista CNA (Congresso Nacional Africano) de incitar o crime por costumar cantar Kill de Boer.
Em seguida, a Justiça proibiu Malema de cantar a canção.
Desde o fim do apartheid em 1994, mais de 3 mil fazendeiros foram mortos no país. Uma comissão determinou em 2003 que apenas 2% desses ataques tinham motivação política ou racial. Críticos afirmam, porém, que a estimativa não condiz com a realidade.
Bono comparou a música às canções que apoiavam o IRA (Exército Republicano Irlandês), dizendo que elas tiveram sua importância.
Kill de Boer, Kill the Farmer ("mate os bôeres, mate os fazendeiros") é uma música antiga, cantada nos tempos da luta contra o apartheid, que pode ser proibida no país pois autoridades consideraram que ela pode incitar o ódio racial.
'Bôer' significa fazendeiro no idioma africâner, usado por descendentes de holandeses na África do Sul, mas a palavra muitas vezes é usada como sinônimo de branco entre a comunidade negra do país.
Após a declaração de Bono, muitos sul-africanos disseram que, em protesto, rasgaram seus ingressos para os shows que o U2 vai fazer no país.
"Esse é um discurso de ódio. Eles não conhecem a nossa história", disse um sul-africano, que participou de um programa na rádio local.
Em uma entrevista para o jornal sul-africano Sunday Times, Bono comparou a música a outras ligadas ao IRA.
"Quando eu era criança, eu cantava músicas que ouvia meus tios cantarem. Canções rebeldes sobre o início do IRA".
"Cantávamos essas músicas e pode-se dizer que eram canções folclóricas", afirmou, acrescentando que esse tipo de música não deve ser cantado no contexto errado.
"É uma questão de onde e quanto essas músicas são cantadas."
Segundo o analista de questões africanas da BBC Martin Plaut, Bono aparentemente não tinha noção da polêmica que envolve essa canção no país.
A Suprema Corte sul-africana está atualmente considerando se a música deve ser proibida, por violar o direito dos brancos.
Há pouco menos de um ano, após o assassinato do líder do movimento segregacionista branco Eugene Terreblanche, muitos acusaram o jovem líder político Julius Malema, do governista CNA (Congresso Nacional Africano) de incitar o crime por costumar cantar Kill de Boer.
Em seguida, a Justiça proibiu Malema de cantar a canção.
Desde o fim do apartheid em 1994, mais de 3 mil fazendeiros foram mortos no país. Uma comissão determinou em 2003 que apenas 2% desses ataques tinham motivação política ou racial. Críticos afirmam, porém, que a estimativa não condiz com a realidade.